terça-feira, 14 de novembro de 2017

Vulvovaginite é uma das maiores queixas de pacientes nas consultas ginecológicas


As marcas de secreção na calcinha podem ser um alerta vermelho para os casos de infecção. A vulvovaginite, popularmente conhecida como corrimento vaginal representa hoje, cerca de 50% ou mais dos motivos que levam pacientes ao ginecologista. Casos reincidentes e crônicos podem ainda ser um dos causadores da infertilidade.

O corrimento é diferente da umidade natural da mulher. Durante o período da menarca (primeira menstruação) até a menopausa, as mulheres têm oscilações que vão causar umidade, geralmente claras sem odor, ou ainda amareladas. Quando a mulher está em período de ovulação, a cor dessa umidade passa a ter a cor mais acentuada à da clara d ovo, porém fluida, que é normal.
Porém é preciso ficar de olho: uma secreção diferenciada das demais como as de cor amarelada ou marrom, com mau cheiro e causando dores na hora de urinar ou ter relações sexuais são alguns dos sinais de risco. É o que alerta a Ginecologista Ana Claudia Sodré, especialista no assunto e formada há 20 anos pela UNIRIO.

Segundo a médica, o corrimento é típico de uma inflamação, que pode ser causada por vários agentes, como fungos, protozoários e bactérias, mas somente o médico é quem pode fazer o diagnóstico. Essa infecção altera a flora vaginal, que é composta pelos lactobacilos (que a protege, dá o PH ácido e matem o equilíbrio) e tais agentes causam irritações.

“Não se deve tomar remédio por conta própria, pois a automedicação pode mascarar uma doença mais séria e se tomada erradamente, pode causar danos graves à saúde. Os sintomas podem piorar de acordo com os níveis da infecção quando não tratada devidamente, podendo chegar a uma peritonite (que pode levar a paciente a uma internação devido às fortes dores). Já uma alteração vaginal crônica altera o PH vaginal e até mesmo a fertilidade da mulher”, disse.

Além de ser constrangedor, algum tipo de corrimentos como gardnerella, exalam cheios similares a peixe podre e causa dor à relação. Esse estágio da doença pode causar uma infecção ao parceiro, como as urinárias e a de ferimentos no órgão genital.

“Como toda doença, isso é um desequilíbrio, mas quando há a falta de cuidados como as consultas médicas e o preventivo (que além de diagnosticar o câncer, também serve para avaliar que tipo de infecções que a paciente tem) e assim, o tratamento de acordo os casos podem progredir. É preciso através das medicações e exames, fazer a evolução, avaliando os estágios da doença. O que começa de forma simples, se não for cuidado, por virar um grande problema de acordo com os graus: leve, moderada e acentuada”, pontua Sodré.


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Cresce o números de casos de sífilis no país



Em 2015, foram notificados 65.878 casos de sífilis adquirida no País, sendo 33.381 em gestantes. A taxa entre elas aumentou de 3,7 para 11,2 casos a cada 1 mil nascidos vivos, entre 2010 e 2015 – um aumento em torno de 200%.No caso da sífilis congênita, as taxas foram de 2,4 para 6,5 casos para cada 1 mil nascidos vivos, no mesmo período. Em 2015, o País registrou em torno de 40 mil casos de sífilis congênita. As mortes provocadas pela doença também cresceram de forma expressiva: a taxa de mortalidade é de 7,4 casos para cada 100 mil nascidos vivos

A Dra. Ana Cláudia Sodré explica os motivos: primeiro porque teve um aumento da cobertura em termo de assistência médica através da saúde de família, inclusive de uns anos para cá a Prefeitura do Rio de Janeiro e de outras cidades têm feito a implementação deste projeto, que consegue atingir um atendimento mais próximo da população. Então, quando se tem mais atendimentos, se têm mais diagnósticos e quanto mais diagnóstico, mais notificação em aumento doa casos.

A segunda causa é por causa da falta do medicamento. Se trata de um medicamento barato, que normalmente cura a maioria dos casos da sífilis, que é a penicilina benzatina e a falta deste medicamento do mercado farmacológico, (já que a China parou com a produção do mesmo e a distribuição para as farmácias para poder obrigar o aumento do preço). “Quem lida com o comércio de medicamento preocupa-se com o lucro, mesmo que este lucro seja às custas da dispensa e da prevalência da  doença. No Sudeste, estas formas duas das causas onde isso ocorreu”, disse.

Da sociedade médica geralmente temos fóruns para tratar esta política de gestão. A maioria destes atendimentos são feitos em unidades de saúde, então esses métodos da implementação desses programas de saúde familiar é o que consegue chegar mais próximo da paciente, através da prestação de uma saúde mais barata e que a logística deste atendimento  consegue oferecer à população um diagnóstico correto através da assistência que chega através da consulta de rotina.

Ela completa ainda, que “não existe no Brasil a cultura da prevenção. Então o paciente espera a sintomatologia para conseguir ou ir buscar um atendimento. Por exemplo: se aparece uma ferida, ao invés de ir ao médico, ele vai ao balcão da farmácia. Essa é a cultura que prevalece e afasta o paciente do médico e do diagnóstico. Quem atende é o balconista, que não tem o conhecimento de um médico para diagnosticar e receitar. O interesse maior é no lado comercial, no lucro, infelizmente. É por isso que existem  hoje uma quantidade três vezes maior de farmácias do que de fato precisamos. As unidades de saúde estão dispostas a atender as pacientes da maneira devida”, comenta a ginecologista.


 A doença é altamente curável e de custo baixo. O paciente é acostumado a pensar: se não sinto nada, não irei ao médico. E quando sentem algo ele tenta se automedicar. A cultura da prevenção é muito reduzida.
Nós temos o Atendimento de Atenção Básica, que é feita nas unidades de saúde e o então o diagnóstico é baseado num tripé: anamnese (formulário de perguntas e repostas sobre a história do paciente); depois o exame físico para verificar os sintomas sobre o que o paciente tem; e por fim, o exame complementar. Por exemplo: se ele te apresenta uma ferida na parte genital. Uma ferida até então indolor: daí suspeitamos da sífilis e fazemos o exame complementar.

Depois que o médico vê o exame e tem o diagnostico ele vai aplicar o tratamento de acordo com o grau da doença. Não é uma doença para ser automedicada.

A sífilis é uma doença e como qualquer outra quando não tratada, ela evolui para casos mais graves. Pode ser feita a neuro sífilis, quando há lesões nos cordões medulares e a pessoa fica com uma marca típica de problemas neurológicos, além dos problemas de pele, úlceras na boca, o acometimento dos órgãos internos, além de vários sintomas que a doença pode causar. O diagnóstico precoce e os tratamentos certos evitam estas formas mais graves  da doença .

Normalmente na fase primária e secundária, é bem mais eficaz. Se há uma ferida em qualquer parte do corpo, especialmente na parte genital, procure um médico ou um ambulatório ao invés  de emergência.  O importante é que haja um atendimento responsável.

Na triagem do pré-natal existe uma exame chamado VDRL (sigla em inglês que significa Venereal Disease Research Laboratory), que é um exame de sangue que serve para diagnosticar a sífilis, ou lues, que é uma doença sexualmente transmissível.

Quando se diagnostica na grávida, e de acordo com o grau da doença, é aplicado o tratamento na dosagem.  Na maioria das vezes é usado a Penicilina Benzatina. Se a mulher não fez o pré- natal, o exame é feito na hora do parto, através da coleta do sangue.

Na maioria das vezes quando a infecção começa no início da gestação, ela pode abortar o bebê ou ele pode sofrer algum tipo de deformação.  O VDRL se faz no primeiro e terceiro trimestre da gestação para evitar a doença.

“É importante que as pessoas tenham nas suas cabeças que a saúde preventiva ainda é uma das formas mais baratas e eficazes de tratar quaisquer doenças. Há a necessidade das pessoas terem um médico de confiança para manter um atendimento regular e que possam buscá-lo nos casos de doenças”, finaliza.

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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Cuidado com o câncer de mama e do cólo do útero. A doença é silenciosa...


Segundo os dados do  Instituto Nacional do Câncer (INCA), quase 60 mil mulheres já foram diagnosticadas com a doença e 14. 388 mulheres morreram vítimas do câncer de mama, de acordo com  um levantamento divulgado ano passado. E é esta uma das doenças que mais mata mulheres em todo o mundo. O aparecimento dos primeiros sinais, através de um inchaço ou aparecimento de caroços nos seios, já pode ser tarde, ou até mesmo fatal. A doença é silenciosa e costuma atingir mulheres com idades entre 40 e 50 anos, podendo em alguns casos aparecer em mulheres de 25 e até em idosas. 


A médica ginecologista Ana Cláudia Sodré, formada e pós graduada pela Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO) explica que o perfil das vítimas geralmente são de mulheres que se dedicam a cuidar de inúmeras coisas e pessoas e que alegam “não ter tempo” para se preocupar consigo mesma. Muitas delas estariam há mais de 5 anos sem fazer os exames periódicos e ginecológicos, relata a médica, que já tem na bagagem mais de 100 mil pacientes atendidas, ao longo de 20 anos de profissão.

“Tudo começa com o tripé da medicina: primeiro a anamnese, que é um protocolo de perguntas e repostas, onde o médico e o investigador. Em seguida, o exame físico e os exames complementares. A mamografia serve apenas como um indicativo do câncer no local, mas apenas uma biópsia é o que de fato, diagnostica a doença. A importância do diagnóstico o quanto antes, impede o estadiamento (evolução da doença de acordo com níveis) do câncer, e assim, o devido tratamento”, detalha.
A Dra. Ana Claudia Sodré também é autora de palestras educacionais contra o câncer de mama e colo do útero conta que iniciou o trabalho antes do surgimento da ideia de “Outubro Rosa”, hoje apoiado por inúmeras instituições e pelo Ministério da Saúde. A iniciativa começou em 2002, nos primeiros anos de carreira com um grupo pequeno de mulheres, ajudou a tirar centenas de mulheres das estatísticas de morte provocada pelo câncer.

Sejam Bem Vindos

Olá,

Sou a Dra. Ana Claudia Sodré, médica Clínica geral e Ginecologista. Este é mais um dos nossos canais de informação e interação sobre tudo o que está relacionado ao seu bem estar e à sua saúde.
Aqui, falaremos de assuntos atuais, responderemos as dúvidas e muito mais.

Sejam todos bem vindos a este novo portal.

Um grande abraço,
Dra. Ana Claudia Sodré

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