As marcas de secreção na calcinha
podem ser um alerta vermelho para os casos de infecção. A vulvovaginite, popularmente
conhecida como corrimento vaginal representa hoje, cerca de 50% ou mais dos
motivos que levam pacientes ao ginecologista. Casos reincidentes e crônicos
podem ainda ser um dos causadores da infertilidade.
O corrimento é diferente da
umidade natural da mulher. Durante o período da menarca (primeira menstruação)
até a menopausa, as mulheres têm oscilações que vão causar umidade, geralmente claras
sem odor, ou ainda amareladas. Quando a mulher está em período de ovulação, a
cor dessa umidade passa a ter a cor mais acentuada à da clara d ovo, porém
fluida, que é normal.
Porém é preciso ficar de olho:
uma secreção diferenciada das demais como as de cor amarelada ou marrom, com
mau cheiro e causando dores na hora de urinar ou ter relações sexuais são
alguns dos sinais de risco. É o que alerta a Ginecologista Ana Claudia Sodré,
especialista no assunto e formada há 20 anos pela UNIRIO.
Segundo a médica, o corrimento é
típico de uma inflamação, que pode ser causada por vários agentes, como fungos,
protozoários e bactérias, mas somente o médico é quem pode fazer o diagnóstico.
Essa infecção altera a flora vaginal, que é composta pelos lactobacilos (que a
protege, dá o PH ácido e matem o equilíbrio) e tais agentes causam irritações.
“Não se deve tomar remédio por
conta própria, pois a automedicação pode mascarar uma doença mais séria e se
tomada erradamente, pode causar danos graves à saúde. Os sintomas podem piorar
de acordo com os níveis da infecção quando não tratada devidamente, podendo
chegar a uma peritonite (que pode levar a paciente a uma internação devido às
fortes dores). Já uma alteração vaginal crônica altera o PH vaginal e até mesmo
a fertilidade da mulher”, disse.
Além de ser constrangedor, algum
tipo de corrimentos como gardnerella, exalam cheios similares a peixe podre e causa
dor à relação. Esse estágio da doença pode causar uma infecção ao parceiro,
como as urinárias e a de ferimentos no órgão genital.
“Como toda doença, isso é um desequilíbrio,
mas quando há a falta de cuidados como as consultas médicas e o preventivo (que
além de diagnosticar o câncer, também serve para avaliar que tipo de infecções
que a paciente tem) e assim, o tratamento de acordo os casos podem progredir. É
preciso através das medicações e exames, fazer a evolução, avaliando os
estágios da doença. O que começa de forma simples, se não for cuidado, por
virar um grande problema de acordo com os graus: leve, moderada e acentuada”,
pontua Sodré.
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